Capitulo
3.
Depois de
Florence e Percy irem embora, estava na hora de colocar meu plano maligno em
ação. Obrigar Thomas a contar qual é a dele. Eu suspirei e coloquei minha
camisola com um casaco por cima. Estava ficando meio que assustada com as
aparições de Thomas no escuro. Terminei de me trocar e desci.
A casa
vazia, novamente. Novidade. Olhei para o relógio imenso da parede e comecei a
contar. Um, dois, três... E a porcaria da brisa. Thomas apareceu do nada,
novamente do escuro. E vindo da direção da porcaria do porão.
-Me
explica: Como você aparece desse jeito? – perguntei
-Que
jeito Anna? – ele perguntou
-Não seja
idiota, não sou muito burra. Só me diga: A brisa... Você aparecendo do nada...
Qual é o seu problema? Como você...
-Uma
coisa de cada vez. – ele me interrompeu. – Acha que eu sou o que? Um vampiro?
-Por
ai... – falei
-Ok, eu
sempre estou aqui, tenho que sair de um lugar! – ele falou
-Ok, me
fala quem é realmente você! – falei irritada
-Apenas
um adulto normal diferente de você. – ele falou
-Ok! Vou
pro meu quarto! – falei me virando
Corredor
escuro, um cara “anormal” atrás de mim. Ótima receita. Fiquei parada olhando o
corredor.
-Que foi
agora ta com medo do escuro? – ele zombou
-Se
importaria de me acompanhar? – perguntei
-É o que
faço. – ele falou me acompanhando
-Onde é
sua casa? – perguntei quando chegamos ao meu quarto. – Onde Nasceu?
-Nasci em
um lugar distante e é nesse lugar que moro. Feliz? – ele perguntou quando me
deitei na cama.
-Um
pouco. – falei
-Você tem
muito livros. – ele falou olhando para estante
-Não leio
mais, mas já estão todos “completados”. – respondi
-Não foi
uma pergunta, foi um comentário. – ele falou
-Não seja
antipático. – falei
-A única
pessoa antipática aqui é você. – ele falou
-Idiota.
– falei
Virei-me
de lado e fechei os olhos. Estava um silencio. Eu conseguia ouvir ele virando
as paginas e sua respiração. Dei um suspiro e me sentei.
-Comece a
dormir logo, amanhã você aula. – ele falou sem parar de fitar a porcaria do
livro
Dei um suspiro e comecei a tentar dormir.
(...)
Assim que ouvi meu celular despertar levantei. Entrei
no closet fechando a porta. Escolhi minha roupa e fui para o banheiro. Lavei-me
e fui em direção a sala, praticamente me arrastando. Nicholas e Robin estavam sentados
no sofá, enquanto Thomas parecia estar escolhendo a louça.
-Thomas fique de olho em Robin...
-Não. – ele falou
-Por quê? – perguntei
-Não gosto de crianças. – ele falou entretido com a
louça
-Eu também não e sou obrigada a conviver com elas.
Vou preparar algo para o lanche. – falei me referindo á mesa
Sai da sala e fui à cozinha. Coloquei um pouco de
café numa xícara e enquanto procurava algo apetitoso para o lanche de Nick,
bebia o café. Fiquei parada de frente ao armário. Esperando alguma coisa
aparecer. Peguei alguns pães recheados. Coloquei sobre a mesa e terminei de
tomar o café, levei a xícara para a cozinha e a lavei.
-Pronto. – Thomas falou Robin em seus braços. –
Troque Robin, que eu termino de arrumar isso.
-Tudo bem. – falei pegando Robin
Subi rapidamente para o quarto de Robin, e vendo em
um dos milhares relógios da casa, que marcava 6h49min. Preparei a roupa de
Robin e a vesti rapidamente. Quando terminei desci e a coloquei em uma
cadeirinha rosa na sala. Nicholas desceu arrumado e sentamo-nos no sofá. Logo
chegou Thomas.
-Aqui está a chave do carro. Tente trazê-lo inteiro.
– Thomas disse rindo.
-Ah não enche! – falei
Antes de ir para escola, meus pais chegaram, e
liberaram Thomas para ir para casa. Ao chegar, encontrei o monitor Mike Manson
dando instruções para os alunos.
-Ola Ann, vá para o auditório. Teremos palestras
hoje. – ele falou
-Ok, obrigado Mike. – falo
Sigo para o auditório. Assim que chego, levanto a
cabeça em procura de Percy. Ele era da turma avançada. Eu também era. Mas
éramos separados por classes. A Primeira Classe era a qual eu pertencia. A
Terceira Classe era a qual Percy pertencia. O encontrei na quinta fileira, e
corri até lá, empurrando alguns que iriam tomar meu lugar.
-Pensava que não vinha. – disse Percy
-Mas eu vim, o que vão falar? – perguntei me
sentando
-Alguma palestra sobre a Rebelião que ouve em St’Elane.
– diz Percy
-O que? St’Elane? – falo mais para mim mesma
-Sim, parece que todos que moravam lá tentaram
conspirar contra a Igreja, jogaram bombas, destruíram metade da cidade. – murmura
Percy quando a palestra começa
-Jenna não...
-Perdi o contato com ela, mas acho que a pobre Jenna
se foi. – diz Percy
Jenna era uma amiga nossa, ficou mais de dez anos na
cidade, então conseguiu visto do Governo e da Igreja e se mudou para St’Elane.
Tínhamos o mesmo jeito de pensar, mas nunca sequer cogitei a idéia dela
participar de uma rebelião. Era tão pequena, tão frágil. A ruiva jamais
conseguira sobreviver a alguma noite sozinha.
A palestra tinha imagens, rotas e até mesmo o plano
deles. Logo depois, no final, mostraram os nomes, e as fotos das pessoas
mortas. A pequena Jenna estava lá. Dei um suspiro. Depois da palestra, se
seguiu outras aulas, as quais eu fiquei conversando com uma menina loira que
senta na minha frente. Acho que o nome dela é Vallie.
Quando o sinal bateu, fomos para o intervalo, como
sempre, me sentei com Percy numa mesa perto do muro da escola.
-O que teve hoje? – perguntou Percy
-Alguma coisa na aula de biologia. O professor Bering
ficou falando algumas coisas, mas a garota loira começou a gozá-lo. – eu disse
-A minha foi tão interessante! O professor de
calculo, Webber, ficou falando algumas coisas da palestra. No final, não
tivemos aula! – diz Percy
-Ah, quer trocar comigo? – pergunto rindo
-Me deixa pensar... Não! – ele fala rindo
-Bobo. – eu falo
-Só um bobão
reconhece outro, bobona! – diz Percy sério
-Hã... Não vou nem responder. – falo – E então, o
que trouxe de lanche?
-Um sanduíche, uma maçã, um refrigerante e deu... –
ele fala
-Ah, eu só trouxe esses pãezinhos. – falo rindo
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