8 de ago. de 2013

Os Jogos Influenciam ou Não a Violência?

| |
Confesso que sempre joguei desde que ganhei meu primeiro computador em 2007. Lembro-me de um dia, dia das crianças eu acho, que meu pai chegou em casa com um CD pra instalação de um emulador com um monte de jogos. Passaram-se anos e nunca consegui virar nenhum pelo simples fato que nunca me lembrava o nome do jogo ou enjoava e ia jogar Mario Bros, que a propósito sempre foi o meu preferido. Depois desses mais de 100 jogos pra eu ter o que fazer e não ficar incomodando ninguém veio Resident Evil, jogo que sou viciada desde 2009/2010. Normalmente eu jogava jogos de guerra com meu pai, o qual foi uma grande influencia quando comecei a jogar, sendo assim prefiro jogos de terror/tiro/ação. 

Mas, o que venho falar hoje, é sobre a violência que jogos violentos "geram". Na verdade, não só na violência, mas em nossa vida. Não é porque joguei Mário que saio destruindo blocos de concreto, comendo cogumelos, matando tartarugas, montando em Yoshis da vida; Não é porque joguei Resident Evil que saio matando todo mundo achando que são zumbis e nem porque joguei Duke Nukem saio matando todo mundo porque acho que são techbots.

Essa noticia já tinha se espalhado ano passado pra começo desse ano e ficou "pior" quando um garoto, de uns 13 anos, "matou a família" e tinha como foto de perfil do Facebook um dos assassinos de Assassin's Creed.

O fato é: não são só jogos que influenciam a vida de crianças/adolescentes. Novelas, filmes, séries, livros. Li algumas opiniões a respeito disso e são normalmente as mesmas: se a pessoa for má é por "natureza", não porque foi influenciado - talvez um pouco - por jogos ou o caralho a quatro. Vi diversas opiniões em um grupo do FB falando que isso é tudo coisa de gente com mente fraca que se deixa influenciar por jogos, mas deixo aberta essa questão pra você, caro verme leitor, tire suas próprias conclusões.



Trago aqui algumas opiniões:

Para a psicóloga Simone Barros Ceregatti, coordenadora do grupo de estudo da Sociedade Antroposófica do Brasil, os jogos eletrônicos têm mais poder que a televisão de influenciar um comportamento violento na criança e no adolescente. A especialista explica que na TV, o telespectador apenas recebe as informações, enquanto que no videogame ele participa das atividades, que podem ser inocentes como uma corrida de carros, Need for Speed, ou violentas como assassinatos nos jogos Counter Strike, Resident Evil, God of War, por exemplo. (ATLASPSICO, 2009).

"Os especialistas de certa forma não estão errados, os jogos violentos só influenciam na vida de crianças que já possuem uma personalidade conturbada, seja por influência familiar, pelo meio em que vivem ou da sua própria natureza. Obviamente que alguns jogos violentos podem influenciar no comportamento das crianças, não significando que se tornarão assassinos ou algo parecido, pois, não podemos esquecer que elas estão na fase de crescimento e amadurecimento mental. Então, todas as crianças são diferentes, cada uma possui uma percepção da vida e o que os jogos significam a ela. Depressão, insônia, pesadelos, devem ser observados pelos pais. Porém, apenas culpar os jogos, é esconder a realidade vivenciada pela criança.
Definir o futuro das crianças, ou mesmo julgá-las por certas atitudes, por aquilo que jogam ou assistem não é a maneira correta de discutir o assunto. Devemos ter a capacidade de percepção que uma criança está em sua fase de formação. Então, não é um único fator que a tornará um perverso assassino. Um conjunto de fatores, sim, determinará a personalidade de uma criança. Então, você pai ou mãe, lembre-se, largar seus filhos na frente na televisão ou do video-game não é a melhor alternativa, mesmo que eles, talvez não sejam os grandes vilões do comportamento do seu filho. O que falta a àqueles que nem sempre possuem um comportamento adequado talvez seja um pouco mais de acompanhamento, educação, compreensão e principalmente carinho e afeto." - Ciência em Pauta.

"Tudo pode influenciar o comportamento de uma criança, visto que ela está em desenvolvimento e o que ela observa ao seu redor ajudar a moldar o adolescente/adulto que ela virá a ser. Uma criança não se tornará violenta apenas porque viu violência no videogame; uma série de fatores interferem em seu crescimento, podendo torná-la violenta ou não. Por exemplo: uma criança que presencia violência doméstica não se torna obrigatoriamente um pai/mãe violento. Ela pode expressar essa violência porque foi “ensinada”, ou seja, está copiando um modelo. Entretanto, a forma como ela passa por aquele episodio, o meio em que ela vive, interfere tanto quanto o que ela presenciou. Assim ocorre com os videogames: ela pode apresentar um comportamento influenciado pelo jogo violento, mas quando se tem uma base familiar que trata de valores e respeito dentro de casa, dificilmente irá reproduzir aquilo." - Rachel Lilienfeld, psicóloga.

E você, acha que jogos influenciam a violência?