Angel
“Temos a habilidade de ver o que ninguém mais vê. Quando eles perdem o controle, não podem se esconder. E os vemos pelo que realmente são.”
“Temos a habilidade de ver o que ninguém mais vê. Quando eles perdem o controle, não podem se esconder. E os vemos pelo que realmente são.”
Tia Marie
Assim que Nick
acordou, abriu a porta para ver como estava o tempo. Estava chovendo, Nick
pegou seu casaco e saiu na rua. Não correu, acreditava que estava cedo o
suficiente para que ninguém estivesse na rua. Ele estava errado, e antes de
chegar ao carro, a menina que Nick havia conversado antes estava ali.
-Oi! – ela falou
-O que... O que
diabos faz aqui?! – perguntou Nick
-Eu queria falar
com você. Vai embora não é mesmo? Sabe o que eu acho disso? Acho que esta
fugindo. Você é um Grimm, e pode muito bem enfrentar todo mundo aqui. Mas não
faz isso, porque tem medo. – Angel falou sério
-Vamos tomar um
café. – falou Nick entrando no carro
Angel hesitou, mas
entrou no carro de Nick. Era cedo demais
para um café, eram 6h: 00min, Angel achava que não iriam achar nenhum lugar
aberto àquela hora da manhã. Era um dos vários motivos que odiava NH. Em Nova
York, provavelmente teria algo aberto.
-De onde você vem?
– Nick tentou puxar assunto
-Nasci em Nova
Jersey, e com seis anos meus pais morreram e fui morar com uma tia em Nova
York, e descobri o que era. Achei legal, mas hoje minha opinião mudou. – Angel
falou
-Descobri que era
um Grimm há uns cinco anos atrás. Minha tia me contou, pena que não viveu tempo
o suficiente para me fazer entender melhor o que era um Grimm. Virei amigo de um Blutbad.
– disse Nick
-Deve ser bom ter
alguém para confiar. Eu não tive apoio, nem ninguém que me explicasse às
coisas, aprendi tudo sozinha. Foi difícil, mas me acostumei. – disse Angel
fitando as mãos. – E para você, como foi?
-Minha tinha
morreu sem poder me explicar tudo. Mas consegui um amigo para me ajudar a
entender melhor. – falou Nick
Ambos ficaram em
silêncio até entrarem na cidade. Nick pediu a Angel, que escolhesse o lugar.
-Aqui! – Angel
falou – Eu quero aqui!
-Tudo bem, se
acalme. Sempre foi assim? – perguntou Nick
-Não tive
infância, me deixe ser uma criança feliz! – Angel falou irritada.
Nick riu, eles
entraram, compraram café e alguns bolinhos. Angel preferiu ficar no carro.
-Há cinco anos,
decidi que era hora de largar tudo. Estava mentindo à todos. Não suportava o
fato de ser considerado um assassino. Larguei a policia, minha noiva... Tudo. E
comecei a viver por ai, num trailer. – disse Nick
-Foi uma decisão
egoísta. – disse Angel
-Sim, eu sei. –
Nick respondeu pensativo.
-Mas... É não
teria como explicar.
-Nem como parar. –
diz Nick tomando seu café
Angel assentiu.
Por um momento, Nick refletiu sobre o que a moça esquisita havia falado. Nem tão esquisita, ela estava se tornando uma
confidente de Nick, pois ambos já passaram pelas mesmas experiências. Mesmo
Angel parecendo uma criança, tanto pelo comportamento, quanto pelo seu rosto. Mas ambos não confiavam, e acabavam por
contar apenas algumas coisas.
Angel deu um
suspiro assim que seu café acabou, e olhou para fora pelo vidro do carro. A
garota sabia como era estar no lugar de Nick, pois já havia se encontrado
naquela situação. Em meio à confusão, Angel não tinha ninguém para ajudá-la a
entender o que estava acontecendo. Angel queria alguém como Nick, mas o
sarcasmo, ironia e brincadeiras sem graça, não a permitia o considerar alguém
de confiança.
Nick tinha diverso
duvidas sobre Angel, pois ainda a considerava esquisita. Ela era criança demais,
boba demais e levava as coisas às vezes muito a sério. Mas ele sabia que a
garota tinha seus motivos, e ele tinha uma lista para desconfiar dela. Imaginou
o que aconteceria se a desafiasse. Não achava uma boa idéia. Do nada, Angel
começou a rir, Nick olhou para ela em busca da fonte do riso.
-Você fica fofo
com as bochechas vermelhas! – Angel falou ainda rindo
Nick se olhou no
retrovisor do carro, e revirou os olhos.
-Você é boba!
-Você é chato. –
ela falou sem sorrir
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